segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um pouco de opinião política

Bom, hoje recebi um e-mail que me fez refletir sobre um assunto: O que nós estamos fazendo para mudar o cenário político do nosso maravilhoso país.
Toda semana é um novo escândalo que eclode nos meios de comunicação, toda semana somos bombardeados com informações que nos estarrecem, tamanha é a falta de vergonha na cara das pessoas envolvidas nos escândalos de corrupção; falta de vergonha gerada pela certeza de que não serão punidos adequadamente, pois possuem dinheiro suficiente para pagarem bons escritórios de advocacia, que se esmiúçam em cada parágrafo, frase, palavra, pontuação, da nossa constituição, de nossas leis, para encontrar a brecha que fará com que esses senhores possam ao fim de tudo saírem sorridentes, e irem a um bom restaurante, saborear um belo vinho ou um excelente whisky (que eu também aprecio, tanto o vinho como o whisky, mas que são comprados com o dinheiro do meu trabalho, não com o dinheiro dos contribuintes) durante sua refeição de comemoração, que diga-se de passagem, poderia alimentar pelo menos duas famílias durante um mês.
Então o que devemos atacar? Os advogados desses políticos? Com certeza não, uma vez que eles estão apenas fazendo aquilo o que foram pagos para fazer, e muito bem feito diga-se de passagem.
Seriam então os Tribunais de Justiça, que representados pelos nossos meritíssimos juízes, abrandam demais as penas? Também, com certeza absoluta, não. Até porque, na medida do possível, nossos juízes estão fazendo um excelente trabalho.
Creio então que sejam nossos digníssimos promotores de justiça, que não conseguem montar um caso que se sustente? Também tenho certeza que não, uma vez que as provas produzidas durante as investigações são muito contundentes e não deixam margens para dúvidas. A multiplicação dos bens, o histórico bancário dos acusados também não nos deixam dúvidas, ou você acha que é possível transformar um patrimônio de, por exemplo, R$100.000,00 em R$40.000.000,00 em quatro ou oito anos de mandato, nem com as melhores apostas do mercado financeiro, isso é mais do que óbvio.
O problema todo está nas nossas leis, que deixam brechas para os nossos digníssimos eleitos se locupletarem com o dinheiro público. E são nossos eleitos, mesmo que indiretamente, uma vez que no nosso sistema eleitoral mandamos para Brasília políticos cujo nome ou histórico nem conhecemos (ou alguns até conhecemos), devido aos “puxadores de votos”, e para ficar no caso mais conhecido cito o nosso digníssimo deputado Sr. Francisco Everardo Oliveira Silva, popularmente conhecido como Tiririca, que até tem se esforçado, por enquanto, para fazer um bom mandato, pelo menos não tem faltado às sessões da Camâra, sem que, com certeza, muita gente quisesse ele acabou levando de volta à Brasília um mensaleiro, e que de outra forma não conseguiria, pelo menos não neste mandato, retornar à nobre Câmara dos Deputados.
E que interesse esses senhores têm em mudar a legislação, para que a justiça possa agir de forma determinante e definitiva, uma vez que os grandes beneficiados são eles próprios? Nenhum.
Por isso devemos começar a agir de forma mais efetiva, acompanhando de perto, exigindo mudanças, exigindo que a reforma política realmente saia da gaveta onde ela está e passe a vigorar.
E podemos começar tentando mudar o sistema eleitoral, e a melhor ideia que, na minha opinião, apareceu até o momento é o voto distrital, onde podemos acompanhar de perto as movimentações de nossos representantes, e cobrar posições e posturas de nossos eleitos.
Para quem quiser saber mais sobre o voto distrital é só acessar o site no movimento, http://www.euvotodistrital.org.br/.

Até a próxima.

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